Base Bíblica:
Jo 4.1-39
No texto
bíblico em destaque, evidencia-se o Cristo que se digna a derrubar muros e
construir pontes entre dois mundos separados pelo preconceito, ódio cultural e
religioso. A história confirma que entre os judeus e Samaritanos havia uma rixa
histórica, por diversos fatores, cujos detalhes não faz parte do propósito
desta reflexão. A peleia era tão intensa
que um Judeu desviava sua rota
quilômetros, se necessário, para não ter que cruzar o território dos
Samaritanos. O texto clarifica esta afirmação quando diz: “ os judeus não se
davam com os samaritanos...”(Jo 4.9)
No entanto,
Jesus surpreende a todos na sua rota de viagem ao afirmar que era “necessário
passar por Samaria.”(Jo 4.4) Jesus tinha uma escala obrigatória naquele
território. Samaria estava em seus planos. O Senhor mais uma vez mostra o
propósito maior da sua vida – derrubar muros e construir pontes. Afinal, Ele
veio ao mundo com o propósito máximo de derrubar as muralhas que haviam entre o
homem e Deus. E o fez. Construiu uma ponte eterna na cruz, através do seu sangue
temos outra vez livre acesso ao Trono de
Deus. O véu do templo se rasgou, o que separava, já não separa mais. Ele devolveu o livre acesso ao Pai! Jesus vai
aonde ninguém está disposto a ir. Jesus ama aqueles que ninguém está disposto a
amar.
Reafirmo
que a necessidade de ir a Samaria perpassa a todos nós seguidores do Cristo
vivo, não podemos pautar a nossa experiência de vida cristã fazendo acepção de
pessoas. Limitando acesso ao evangelho de acordo com as nossas preferências
pessoais e conveniências. Não podemos
ser intolerantes, pois o nosso Senhor não o é. Nunca foi. E, ainda, como
incremento a tudo isso, Jesus tinha agendado por aquelas terras um encontro
para lá de surpreendente. À beira de um poço, identificado como poço de Jacó, Jesus tem um encontro com uma tal samaritana,
cujo diálogo repercute pelos séculos futuros e nos deixaram lições
eternas.
Jesus esperou por ela. A Bíblia relata
que Jesus chegou ao poço antes da mulher. Logo, o mestre teve que esperar por
aquela mulher. Imagina o filho de Deus esperando à beira de uma poço por uma
pecadora! Aleluias! Mas Ele sempre esperou por nós, afinal, Ele nos amou
primeiro! Digo que o Senhor esperava pacientemente por mim e por cada um de
nós! Quantos dias e quantas noites o Senhor teve que esperar por mim. Graças a
Deus, Ele não desistiu, por isso estou aqui! Que está singela lição possa
queimar o teu coração. Se o Senhor esperou por você então espere por alguém,
não seja tão intolerante! Muitos estão a
nossa volta não podemos simplesmente virar as costas e ir embora. Espere por
alguém, talvez o teu marido, talvez um filho que está nas drogas etc. ESPERE
POR ELES!
O Vazio existencial. Jesus inicia o a
conversa buscando um ponto de contato, pede água àquela mulher, o que a
surpreende fortemente, pois a inicitiva partia de um judeu, destoando
completamente do sentimento dominante à época de intolerância em toda plenitude
da palavra. No desenrolar da conversa, Ele acaba revelando aspectos da vida
pessoal da samaritana, pois foi casada por cinco vezes e mantinha naquele
momento um relacionamento clandestino.(Jo 4.18) Na verdade, aquela mulher tinha
um vazio existência terrível, e procurava inultimente preenchê-lo em seus
sucessivos e fracassados relacionamentos. Mas este vazio não era particularidade daquela
mulher, mas todo ser humano tem esse vazio, que só o Senhor pode preencher. Ele
lhe oferece água viva. Não acusa. Não rejeita. Não discrimina. Mas oferece da
sua água, que poderia dessedentar não a sede física, mas a sede espiritual
daquela mulher. Ele identificou um vazio existêncial que apenas água viva
poderia preencher – o Seu Espírito. Aleluia! Eis a razão de tantos enveredarem
por caminhos tão incertos, consequência de uma vida vazia! Só Jesus pode preencher o vazio dos nossos corações.
Ele ainda tem e coloca à disposição de todo
aquele que vir a Ele, a fonte de águas vivas! Aquele que tem sede venha e beba!
Aleluia!
Um vaso restaurado e útil. Jesus restaurou a sorte daquela mulher. A sua
vida verdadeiramente ganha sentido e um novo direcionamento. Aquela mulher
antes desprezada e fútil agora se torna um vaso de extrema utilidade nas mãos do
Senhor, de forma que através da força do seu testemunho a cidade inteira vem
aos pés de Jesus(Jo 4.28). É assim que Deus faz e trabalha até hoje, muitas
vezes usa o que não é para confundir o que é. Verdadeiramente, o Senhor costuma
surpreender o senso comum e a lógica humana, quando investe em pessoas que
outrora era tido como um nada pela sociedade. O nosso Deus é o Senhor dos
marginalizados e excluídos!
Por
fim, que não venhamos nos prestar ao desserviço de construir muros. Afinal, o
mundo já está cheio deles. Por todos os lados podemos contemplar a existência
dos malfadados. A exemplo do mestre, fomos chamados para construir pontes:
unir, incluir e amar sem restrições! Lembre-se sempre passar por Samaria para
nos seguidores de Jesus Cristo deste século XXI e de todas as épocas não é
apenas uma opção, mas necessário!